quarta-feira, 29 de abril de 2009

Reciclar o óleo de cozinha para o bem da humanidade

Agora já temos onde levar o óleo para reciclar!
É isso mesmo! A partir de agora as lojas do Pão de Açucar- que já reciclam todos os outros tipos de lixo (papel, vidro, plástico e metal) reciclarão também óleo de cozinha!
Você sabia que apenas 1 litro de óleo despejado no esgoto polui cerca de um milhão de litros de água ou o que uma pessoa consome em 14 anos de vida? E ainda provoca a impermeabilização dos leitos e terrenos próximos, contribuindo para a ocorrência de enchentes.
Como fazer: Depois que o óleo usado esfriar, armazene em uma garrafa plástica de 2 litros e, se possível, transparente. Tampe bem a garrafa e deposite-a no coletor de lixo de cor marrom, indicado para esta finalidade. Todo óleo de cozinha coletado será encaminhado pela cooperativa ás empresas recicladoras, que o utilizarão como matéria- prima para a produção de Biocombustível.
Lojas Pão de Açucar que já possuem o coletor: Borba Gato- Brooklin- Ricardo Jaffet- Real Parque- Morumbi- Pedroso-Portal Sto Amaro-Carneiro da Cunha.
Se o Pão de Açucar mais perto de você ainda não tem o coletor, ligue para o SAC e peça que seja providenciado rapidamente: 0800-7-732-732>> Independente disso, pare imediatamente de jogar óleo pelo esgoto, armazene em garrafas e jogue no lixo reciclável, mas não jogue nos rios! Se você quer ajudar mais, divulgue esta sugestão em e-mail para todos os seus contatos, orkut, etc.> É assim que ajudamos o planeta!

De colaborador

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A simplicidade é tudo

AIR S. ANTUNES

“O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é”. Albert Camus

Existem certas coisas que não vão afetar a Bolsa de Valores e nem ao menos subtrair a receita do Poder Público, mas são coisas imprenscindíveis para a educação e para a cultura , em especial. O homem, um ser inteligente, estabeleceu para sua rotina regras de condutas, padronização de costumes e a habilidade no discorrer do vernáculo. Tudo isso faz-se necessário para sua estética moral, para o seu intelecto, para seu ego, enfim, para aquilo que o caracteriza a partir da incidência dos bons modos.
Antes dos elementos elencados acima o homem precisa se desfazer de uma série de vícios que o acompanham, precisa valorizar o ser mais que o ter, tem que reconhecer suas limitações, afinal é corriqueiro alguém acreditar ser o maioral, agir como se tivesse condições de interromper a trajetória do sol . É necessária a humildade! É necessário não ser arrogante, não ser prepotente, não ser ufanista, não ser egocêntrico, não ser demagogo, é necessário se libertar de todos estes males.
Por que tudo isso ? Porque existem coisas que tolhem a harmonia no trabalho, no meio social ou mesmo no meio religioso. O que tolhe a harmonia? Ora, o conceito de alguém sobre si mesmo de que ele é o melhor de todos, principalmente, quando não o é; de que não precisa da opinião de quem quer que seja; de que é auto-suficiente, de que entende de tudo, de que é o pai de todos os méritos, de que deve estar em todos os palanques, em todas as salas de visitas justamente porque todos devem saber quem ele é, que todos devem reverenciá-lo, etc. Estes tolhedores da harmonia, na verdade, acabam por serem ridículos, por serem antipáticos e, em contrapartida, acabam mediocrizando tudo aquilo que se faz necessário e banalizando as regras.
Não é necessário, como diz a gíria, ser fresco, mas é necessário produzir o caviar no mesmo requinte da produção do arroz e feijão, essa é a regra da simplicidade. Aliás, elegância é aparecer movido pela competência, é ser não importando o que se tenha, etc. O elegante é dominar a área e, nela, não atropelar o vernáculo, não assassinar os protocolos ou confundir as leis naturais ou mesmo aquelas as quais regem a sociedade ao longo do tempo.
O artigo em questão, no seu tom crítico/doutrinário, nada tem a ver com alguém em questão, mas faz sentido no exato momento em que a exacerbação da vaidade interfere na rotina natural da vida, em que a embalagem não condiz com o produto, em que avaliações são feitas apenas pela aparência, em que mitos transformam fatos numa outra história, em que julgamentos são feitos à base pura e simplesmente da antipatia ou mesmo da inveja e da incapacidade.
Finalizando, é muito importante que as pessoas se auto-avaliem em todos sentidos. É importante observar o que está à sua volta, que o mundo não vai parar se você morrer amanhã. É importante ouvir todas as versões. É imprescindível reconhecer que as limitações existem, assim como é válido lutar para que haja o aperfeiçoamento, para que o conhecimento se amplie, pois este não vigora sem que não seja buscado.
A simplicidade inclui também o reconhecimento, a verdade, de que se você é bom, se você conhece, você não navega solitariamente no barco do saber.


Artigo publicado na edição de 14 de abril do Jornal de Angatuba

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Se o Santos não é octo, o Brasil não é penta

ADEMIR QUINTINO

"A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entidade máxima do futebol nacional, começou a ter esta nomenclatura à partir de meados de 1979. Antes era CBD (Confederação Brasileira de Desportos). Se partirmos deste princípio, então o Brasil não foi cinco vezes campeão mundial e sim duas vezes (1994 e 2002), já que a entidade que conquistou em definitivo a Taça Jules Rimet (1958/1962 e 1970) era outra. Não importa a nomenclatura, se era o equivalente ao título da época, tem que entrar para a história, nada mais justo, portanto o Alvinegro e os demais clubes que venceram competições no fim dos anos 50 e década de 60 merecem terem seus títlulos reconhecidos.
O Santos é legitimamente o único Penta Campeão do país ininterruptamente e oito vezes campeão nacional. Há uma contradição entre a entidade máxima nacional e a Mundial. O Santos é considerado pela Fifa como octocampeão nacional em seu site oficial. Já a CBF só reconhece os títulos de 2002 e 2004.Cinco vezes campeão da Taça Brasil entre 1961 e 1965, o alvinegro da Vila Belmiro tem quatro dos últimos cinco títulos desta competição reconhecidos pela entidade máxima do futebol mundial, como nacionais. O mesmo acontece com a conquista da Taça Roberto Gomes Pedrosa, em 1968, além dos dois Brasileiros, em 2002 e 2004.A História do Santos e dos co-irmãos que venceram estas competições, se fizeram gloriosa e inesquecível. Seja qual for a opção clubistica ninguém desconhece a linha de frente do Santos Futebol Clube, por exemplo, nos anos 60. Todos nós podemos não saber a poesia de Bilac inteira, mas com certeza uma estrofe esta grudada na memória de todos, como diria meu amigo Carlos Eduardo "Brizolinha": Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Outro que se estivesse entre nós, narraria de maneira exclusiva e diferenciada. O saudoso e excelente locutor Ernani Franco (Rádio Atlântica de Santos do início dos anos 50 até a década de 70) - "Só da crioulo se abraçando" (O canhão da Vila era a única excessão). Para não ser imparcial quem não lembra de Dirceu Lopes e Tostão no Cruzeiro, campeão em 1966. E o Botafogo com Didi, Quarentinha, Garrincha e Zagalo. Com sua iniciada em 1959, a Taça Brasil reunia os campeões estaduais e foi uma espécie de precursora da Copa do Brasil e que apurava o campeão Brasileiro e representante na Copa Libertadores da América, que se iniciou no mesmo ano. Já o "Robertão" ( como ficou conhecido a Taça Roberto Gomes Pedrosa ) foi disputado entre 1967 e 1970, sendo o embrião do atual formato do Campeonato Brasileiro, que começou a ser realizado em 1971, embora com nomenclatura diversas. Com o nome de Campeonato Brasileiro, só à partir de 1989.
Se estes títulos não podem ser reconhecidos, então Pelé e Garrincha, além de nunca terem sido campeão nacionais, também não são Campeões Mundiais?
Ninguém vive do passado, mas ele existe é fato...E merece ser preservado."


(*) Ademir Quintino é jornalista formado pela UniSantos, pós graduado em Assessoria de Comunicação. É assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Cubatão(cidade do litoral paulista onde nasceu), repórter da Rádio TUPI (1.150 AM)/São Paulo e escreve nos sites do Milton Neves, Papo de Bola e Equípe Líder. É torcedor e sócio do Santos F C desde 2006.